[NOVO]
Em 1676, um ex-franciscano convertido ao calvinismo e mais tarde reconvertido ao catolicismo, Gabriel de Foigny, criticou a simbiose entre política e religião que ocorria tanto na sua França natal como na sua Suíça adotiva. O meio literário utilizado para tanto foi a descrição de uma sociedade imaginária que, como um espelho, revelasse a sociedade europeia a si mesma, através de sua inversão. Nem por isso A terra austral conhecida escamoteia as contradições de toda situação utópica. De fato, diz o autor, de um lado não se pode deixar de buscá-la: “é necessário que o homem seja ativo, pretenda e deseje algo para que não se torne semelhante a uma pedra, pois, quando ele nada mais quer, torna-se imóvel e sem ação”. De outro lado, porém, alcançá-la é esvaziá- la, é negá-la: “nossa natureza torna-se preguiçosa quando nada lhe falta, e a ociosidade a torna bruta e insensível”. Preciosas lições, que, como outras da narrativa de Foigny, agora colocada ao alcance do público brasileiro neste livro bem traduzido e apresentado, merecem reflexão. (Hilário Franco Jr.) Gabriel de Foigny (1630?-1692) teria nascido no povoado de Foigny, no norte da França, e terminado seus dias em um convento na Saboia. A tradutora, Ana Cláudia Romano Ribeiro, é doutora em teoria e história literária pela Unicamp e pesquisadora do Centro de Pesquisa sobre Utopia e do grupo Renascimento e Utopia da Unicamp.
Livros | |
Autor | Gabriel De Foigny |
Ano | 2012 |
Condições |
A terra austral conhecida (FOIGNY, Gabriel de)
- Marca: Unicamp
- Modelo: Capa Comum
- Disponibilidade: Em estoque
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R$55,00